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Como um autor deve responder a acusações de plágio?

A acusação de plágio, em qualquer estágio da vida acadêmica, é sempre grave e está sujeita – caso a alegação se confirme – a graves punições (como suspensões, expulsões e anulação de resultados de um trabalho de pesquisa). Assim sendo, é importante que diante da suspeita de plágio o autor saiba como deve se posicionar, seja a acusação procedente ou não. A seguir, confira algumas dicas sobre como agir diante nestas circunstâncias.

1) Entender o problema é fundamental

Antes demais nada, é preciso saber exatamente o que é plágio e que tipo de procedimentos podem levantar a suspeita sua suspeita. Em geral, considera-se plágio a cópia integral ou de trechos de obras de terceiros sem a devida atribuição de crédito. No contexto acadêmico isso pode ser aplicado a documentos não oficialmente publicados também, como falas em eventos ou manuscritos que ainda não se tornaram públicos. Por isso mesmo, toda a atenção é pouca ao referenciar o trabalho de pesquisa de terceiros, ainda que apenas curtos trechos da pesquisa de outro autor sejam mencionados. Se a forma como você propõe o recorte de sua questão ou a problematiza é fruto dos resultados de outro autor, isso também deve ficar claro através de citação explícita em sue trabalho, visto que trata-se de um diálogo com outra obra e que a ideia original não parte de suas próprias descobertas. Em resumo: o melhor mesmo é evitar que seu trabalho de pesquisa levante suspeitas de plágio, então toda a atenção é necessária no processo de citação e a consulta a manuais que esclareçam pormenores a respeito do assunto é sempre bem-vinda.

2) Como agir quando acusação não procede

Antes de se defender ou confessar algo, é importante descobrir qual é exatamente a alegação, ou seja: que parte do seu trabalho de pesquisa está sob acusação de plágio? Se a alegação não proceder, colete provas que atestem que o material produzido é realmente seu. Neste caso, possíveis trocas de e-mails com um coautor do texto, seu orientador ou um colega com quem você discutiu o trabalho podem valer como evidências de autoria. O mesmo se aplica a outros textos seus nos quais ideias semelhantes tenham sido desenvolvidas e que mostrem que os resultados apresentados são realmente de sua autoria. Anotações e versões inacabadas do texto que mostrem a evolução do raciocínio apresentado também podem contribuir para compor o quadro de evidências que atestem que as alegações de plágio não procedem.

3) A alegação procede, e agora?

Pode acontecer que, num descuido, você cite partes do trabalho de pesquisa de outro autor sem atribuir devidamente a autoria e incorra em plágio. Nestes casos, é importante assumir sua parcela de culpa e colocar-se à disposição das penalidades que lhe podem ser aplicadas (o mesmo vale caso o plágio tenha sido intencional). Caso se trate de um texto seu com passagens pertencentes à pesquisa de outro autor, você pode tentar negociar uma coautoria, de modo que ambos assinem o trabalho final. Seja qual for a situação e a intenção que levou ao plágio (se premeditada ou acidental), assumir as responsabilidades e colocar-se à disposição para remediar o problema é o melhor caminho para evitar maiores danos.

4) Seja qual for a situação, apresente uma versão coerente dos fatos

Independente de a alegação de plágio proceder ou não, ou de você ter incorrido em plágio acidentalmente ou premeditadamente, é importante defender-se das acusações com uma versão coerente. Apresente sua versão dos fatos de forma clara, apelando ao racional de seu interlocutor, e, caso as alegações não procedam, exiba o maior número de evidências circunstancias que reforcem sua autoria. Nestes casos o histórico do pesquisador também conta, com evidências de que o mesmo nunca incorreu em plágio anteriormente e que possui uma trajetória sólida.

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