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Como saber se a sua pesquisa gera impacto?

O objetivo de qualquer pesquisa é melhorar e expandir o conhecimento sobre o mundo, portanto, divulgar os trabalhos produzidos é fundamental para o avanço da ciência. Para fins profissionais, os pesquisadores e as instituições precisam acompanhar o impacto das pesquisas, ou seja, o alcance delas, determinando assim o nível de relevância de cada uma. Mas atualmente, com tantos tipos de métricas, tantos canais de divulgação e um número crescente de trabalhos sendo produzidos, mensurar o impacto de uma pesquisa tem se tornado um desafio cada vez mais complexo.

As várias métricas de impacto

Nesse universo, é fato que o número de citações ainda é o aspecto mais adotado para determinar o alcance e a importância de artigos e periódicos. Internacionalmente, a métrica de maior respaldo – apesar de todas as críticas que tem sofrido nos últimos anos – é o fator de impacto, um índice que mede o número total de citações recebidas por periódicos em um dado período. Métricas como essa são muito criticadas por não mensurarem o impacto individual dos artigos, ainda que sejam centrais para determinar o prestígio dos periódicos e, consequentemente, dos pesquisadores que neles publicam.

Essa falha é razoavelmente contornada pela métrica conhecidas como Altmetric. Ela mensura o impacto individual dos artigos e considera o impacto da pesquisa em novas mídias, como Twitter, Facebook, Mendeley, entre outras. Essas redes sociais são ignoradas pelos índices de impacto mais tradicionais, apesar da influência que exercem sobre a quantidade de citações. As métricas tradicionais dependem da conclusão e publicação das pesquisas para acompanhar a quantidade de citações. Como o processo de revisão costuma ser longo, há um atraso significativo para obter o retorno a respeito da relevância do trabalho.

Monitore o seu trabalho

Ainda que as instituições às quais os pesquisadores sejam filiados tenham grande interesse em saber o impacto das pesquisas produzidas, para fins de divulgação e aperfeiçoamento do trabalho, cabe ao próprio cientista buscar essas informações e criar diálogos alternativos com a sociedade. Com a popularização das mídias digitais e os vários canais gratuitos disponíveis para divulgação, os pesquisadores têm a possibilidade de promover não só os próprios artigos, mas também os trabalhos apresentados em congressos, além de poder discutir novas ideias de pesquisa que ainda não tenham sido publicadas. A vantagem dessas novas plataformas é o grande potencial de comunicação que possuem, o que pode facilitar na criação de novas e interessantes contribuições.

Além de promover sua pesquisa, as novas mídias permitem que você monitore as citações de seus trabalhos e publicações. Canais como o Google Acadêmico e o Academia.edu, por exemplo, oferecem funcionalidades específicas para pesquisa acadêmica, permitindo que você monitore o alcance do seu trabalho dentro dessas redes. Mas vale lembrar que elas têm como essência a interatividade, por isso é importante manter um diálogo constante com os seguidores. Se o seu objetivo é explorar o potencial das mídias para fins acadêmicos, demonstre sua especialidade por meio dos conteúdos postados, buscando sempre disponibilizar material produtivo e interessante para os leitores.

Além do mais, ao postar conteúdo, seja ele produzido por você ou por outras fontes, lembre-se que há a possibilidade de atrair a atenção de outros leitores, inclusive os que não tem envolvimento direto com a pesquisa acadêmica. Quanto mais diversificado for o seu público, maior impacto sua pesquisa terá, podendo, inclusive, servir como base para matérias jornalísticas ou como fonte para outros materiais de divulgação científica.

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